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Entenda o que é a luxação de patela em cães

Você sabia que a luxação de patela é uma das doenças mais comuns no dia a dia do atendimento clínico veterinário de cães? A enfermidade pode prejudicar muito a mobilidade do bichinho e ainda causar fortes dores.

Além disso, por mais que os criadores de cães tenham o máximo de cuidado, não é difícil que problemas surjam no animal, especialmente em raças mais específicas que tenham maior tendência para desenvolver a doença.

A enfermidade também é conhecida como rótula e consiste em uma anormalidade nos joelhos dos cães. Ela ocorre quando a patela (osso do joelho do animal), cuja função principal é segurar boa parte da estrutura óssea, se desencaixa das articulações do joelho, geralmente durante a fase de crescimento e adulta dos cães.

Por isso, toda informação é importante para o melhor tratamento da luxação de patela em cães. Ficou curioso? Continue a leitura que explicaremos mais sobre o assunto para você!

Quais raças mais sofrem com a luxação da patela?

A doença pode ocorrer por motivos genéticos ou um traumatismo. Geralmente, são as raças menores que estão mais propensas a sofrerem dessa lesão, como Yorkshires, Shih Tzus, Pinschers, Pugs, Poodles etc.

Mas, além disso, quando o fator determinante para o desenvolvimento da doença é o trauma ou deformidades anatomicas, os cães de grande porte, como Labrador, Golden Retriever, Bulldog Inglês e Cocker Spaniel, costumam ser outras vítimas do problema.

Quais são os graus de luxação da patela?

A doença tem quatro graus diferentes de gravidade e pode atingir cada paciente de forma diferente. Os graus desse problema são:

  • Grau 1: neste caso a patela sai do lugar com a ajuda médica e, quando a região é solta, ela volta ao lugar instantaneamente;
  • Grau 2: aqui a patela se desloca sozinha e retorna ao seu local de origem sem a necessidade de ajuda;
  • Grau 3: a patela dessa vez sai do lugar sozinha, porém, só retorna para o local de origem com a ajuda de um veterinário ou do próprio animal, que tenda a esticar a pata para colocá-la novamente no lugar;
  • Grau 4: neste grau, a patela do animal trava fora do sulco patelar e nem o cão nem o médico conseguem colocá-la de volta em seu lugar original. Desse modo, a única alternativa de correção é a intervenção cirúrgica.

Por isso, é importante se manter informado e saber que, principalmente nos graus mais leves, o pet não costuma apresentar sintomas e sinais da doença. Porém, nos últimos graus o cão já não consegue colocar a pata no chão e sente bastante dor devido às alterações que ocorrem no joelho afetado. É nessa fase que o animal costuma precisar recorrer a cirurgias de correção para evitar, desse modo, que problemas maiores ocorram.

Quais são os principais sintomas para identificar o problema no animal?

A partir de exames físicos e de raio-x simples é possível avaliar se a patela do seu cão está fora do seu eixo anatômico natural. Porém, mesmo que nem todos os pets deixem os sinais claros, existem alguns sintomas que enviam os primeiros indícios de que o animal pode ter algum problema e fazer o dono procurar ajuda médica.

Por isso, é de extrema importância que os tutores de cães fiquem atentos para que esse problema ortopédico seja diagnosticado ainda no início e o tratamento seja efetivo.

Por exemplo:

  • geralmente, o cão começa a mancar, com uma ou duas pernas. Isso pode acontecer todos os dias ou apenas esporadicamente, mas a tendência é que seja recorrente. Para amenizar a situação, ele tenta esticar a perna para trás durante a caminhada;
  • as articulações pode ter uma aparência inchada e o animal se incomoda caso seja tocado na região. As dores são irregulares e ainda mais intensas durante o período de frio e em ambientes com temperaturas muito baixas. Visualmente, é possível identificar um movimento na parte inferior do joelho para fora ou para dentro, de acordo com o lado luxado.
  • o cão geralmente tenta não apoiar o peso sob a perna machucada e, principalmente quando vai urinar ou caminhar, a deixa suspensa. 

Qual o tratamento mais indicado para luxação de patela?

Como já foi mencionado, se o seu cão estiver no grau 4, em que nem o próprio animal ou o médico veterinário conseguem colocar a patela no seu lugar de origem, não há outra solução que não seja a cirurgia. Serão utilizadas técnicas como a ressecção do sulco troclear com transposição da tuberosidade tibial e as osteotomias — corte dos ossos — corretivas com realinhamento do eixo longitudinal do membro doente.

Após o procedimento cirúrgico, 90% dos pacientes ficam livres da disfunção clínica. Caso haja alguma complicação na cirurgia ou para melhores resultados na qualidade de vida do animal e recuperação completa dos movimentos, a fisioterapia veterinária — que vai desde hidroterapia veterinária até acupuntura — pode ser a mais recomendada. Porém, isso vai variar de acordo com a necessidade de cada pet no processo pós-cirúrgico da luxação de patela.

Porém, para os graus mais leves da doença pode ser usado anti-inflamatórios não-esteroidais, analgésicos, regeneradores articulares, dieta para controle do peso do cão (principalmente as raças de grande porte) e melhoria do estado da massa muscular, provavelmente atrofiada.

O importante é que o tutor de cães sempre tenha em mente a importância de ficar atento aos pequenos sinais que o animal pode emitir. Ainda assim, por mais cuidadoso que seja, algumas enfermidades, como a luxação de patela, podem ser mais silenciosas e passar despercebidas. Por isso, o ideal é consultar um especialista ortopedista para realizar um diagnóstico e tratamento adequado para maior qualidade de vida do seu bichinho.

Então, agora que você entende mais sobre luxação de patela e a importância de procurar tratamento médico, que tal entrar em contato com o Vet Quality para ter informações e cuidados diários do seu pet com mais segurança? Acesse a nossa página e se sinta segura no momento em que seu cão mais precisar!