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Peritonite Infecciosa Felina (PIF): esclareça suas principais dúvidas!

A Peritonite Infecciosa Felina, conhecida pela sigla PIF, não é uma das doenças mais conhecidas entre gateiros ou tutores de animais de estimação. Entretanto, é um dos problemas mais temidos por aqueles que já conhecem o seu nome. A razão para isso é, infelizmente, o fato de não existir uma cura para essa doença.

Como o próprio nome já indica, esse problema afeta apenas gatos e tem um diagnóstico muito complicado. Por isso, todo cuidado é pouco, de forma que obter informação sobre esse tema é crucial para manter os bichanos sempre saudáveis e felizes, com muita qualidade de vida e longevidade.

Não conhece a PIF e quer saber mais sobre o assunto? Já ouviu falar sobre a doença, mas não entendeu muito bem do que ela se trata? Não se preocupe! A seguir, tiraremos as principais dúvidas sobre esse tema. Boa leitura!

O que é a Peritonite Infecciosa Felina (PIF)?

A PIF é uma doença viral, causada por um coronavírus relativamente resistente no meio externo, especialmente em termos de matéria orgânica exposta ao ar livre. Por isso, uma das formas de contaminação é justamente a inoculação nasal desse vírus. As outras incluem mordidas, lambidas ou outros contatos entre os gatos.

Esse tipo de problema afeta felinos domésticos e selvagens de todas as idades, embora seja mais comum naqueles com menos de 3 anos de vida.

Não há, ao que tudo indica, uma predileção muito específica do vírus por raças ou sexos, embora machos estejam ligeiramente mais suscetíveis a desenvolver a enfermidade.

Como a doença se desenvolve?

A questão está justamente na forma do desenvolvimento da doença. Como mencionado acima, o problema é causado por um coronavírus, presente em parte considerável dos organismos de gatos saudáveis, que podem chegar a nunca desenvolver essa enfermidade. A PIF, no entanto, se manifesta por meio de mutações ou alterações nesse vírus, o que acarreta a progressão para esse problema.

Por isso, pode-se dizer que todos os gatos com o vírus podem, eventualmente, desenvolver a doença. O maior risco, no entanto, está naqueles animais com o sistema imune comprometido, como os portadores da FIV ou FeLV.

Quais são os principais sintomas dessa doença?

Os sintomas da PIF dependerão do tipo da doença apresentado pelo gato em questão. Há duas variações: a efusiva (também conhecida como úmida) e a não efusiva (chamada também de PIF seca). No início, todos eles apresentam sinais inespecíficos (como a falta de apetite), mas que se diferenciam com o passar do tempo.

No caso da PIF seca, os sintomas normalmente se manifestam de uma maneira pouco mais lenta e gradual. Eles podem incluir:

  • falta de apetite;
  • perda de peso;
  • diarreia;
  • desânimo;
  • depressão;
  • anemia;
  • febre.

Os gatinhos com  PIF úmida normalmente apresentam os mesmos sintomas, mas com a adição de uma característica importante: a dificuldade respiratória, ocasionada por conta do acúmulo de líquidos na cavidade abdominal e torácica. Além disso, pode ocorrer a distensão abdominal.

Como é feito o diagnóstico desse problema?

Como podemos perceber, os sintomas apresentados pelos animais acometidos pela PIF são muito inespecíficos e podem corresponder a uma infinidade de outras doenças. Por isso, o diagnóstico diferencial é extremamente importante nesses casos.

Infelizmente, não há uma maneira muito simples de identificar a Peritonite Infecciosa Felina. Há testes que identificam a presença do coronavírus no organismo do animal, mas nada que possa dizer especificamente se ocorreu uma mutação progressiva para a PIF.

O único método definitivo de diagnóstico é o exame histopatológico, que examina as células de maneira mais aprofundada e consegue visualizar tais alterações. Esse tipo de teste, no entanto, só pode ser feito por meio de coleta na necropsia, ou seja, após o animal vir a óbito.

Por conta disso, o diagnóstico feito nos gatinhos é diferencial, por meio de evidências laboratoriais e físicas e da história contada pelo tutor. Presume-se a incidência de PIF após a exclusão de outras doenças com sintomas diferentes. A partir daí, é feito o tratamento específico para esse problema.

Qual é o tratamento aplicado em felinos contaminados?

Infelizmente, a PIF é uma doença progressiva e fatal. Ou seja, não há ainda, cura para esse problema. Isso não quer dizer, no entanto, que não exista um tratamento que visa oferecer conforto e bem-estar aos animais acometidos.

O principal objetivo é garantir que a imunidade do gatinho seja melhorada. Por isso, são instaurados cuidados nutricionais, com melhoria da qualidade da alimentação e adoção de suplementação vitamínica e mineral adequada.

A inflamação generalizada causada pela doença também deve ser tratada e por isso, anti-inflamatórios (especialmente os corticoides), são utilizados para diminuir o estresse no organismo do animal.

Além disso, a drenagem do líquido acumulado e uma série de outras terapias podem ser utilizadas para reduzir o desconforto e dar mais qualidade de vida ao animalzinho. Isso, é claro, dependerá de cada caso e dos critérios de avaliação do médico veterinário responsável pelo atendimento.

Como prevenir o aparecimento dessa doença?

Atualmente, é impossível prever se um gatinho saudável, mas portador do coronavírus, desenvolverá a PIF em algum momento de sua vida, já que as mutações ocorrem de maneira completamente aleatória. No entanto, alguns cuidados podem diminuir as chances desse problema acontecer. Eles incluem:

  • cuidados com a alimentação do felino, priorizando uma nutrição adequada;
  • limpeza do ambiente;
  • higienização frequente das caixas de areia;
  • manter os animais sempre vacinados e vermifugados, para evitar quedas na imunidade;
  • fazer check-ups frequentes para garantir a saúde dos bichanos.

No caso dos filhotes de mães positivas para o coronavírus, é realizado um desmame precoce da ninhada para evitar a proliferação do vírus entre os mais novos membros da família. Nesses casos, há um suporte nutricional direcionado aos gatinhos, para garantir o seu desenvolvimento adequado.

Como podemos perceber, a PIF é um problema bastante sério e que requer intervenção veterinária imediata para garantir o bem-estar dos pacientes felinos acometidos por essa doença. Por isso, fique atento aos sinais dados por seu gatinho e ofereça todo o suporte necessário em caso de alterações comportamentais ou físicas!

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