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Queda de pelo de cachorro: pode ser um alerta?

A queda de pelo de cachorro parece inofensiva, mas pode ser perigosa. Fique atento aos sintomas e cuidados necessários.

A queda de pelo de cachorro costuma ser mesmo um problema, tanto quando se trata de cães de pelo curto, como Beagle, Buldogue, Pinscher, Fox Paulistinha, Pug, como cães de pelos densos, como o Husky Siberiano, Chow Chow e tantos outros.

Nesses casos, os cães costumam soltar uma grande quantidade de pelos na casa, fazendo com que seja complicado manter tudo limpo. Mas será que essa queda de pelos é comum? Como fazer para reduzi-la? Continue a leitura e descubra como cuidar da saúde do seu amigo!

Meu cachorro está com queda excessiva de pelos! E agora?

Antes de mais nada, é importante estar atento à vermelhidão, eventuais falhas na pelagem e à queda de pelos de cachorro, pois esses sinais podem significar que ele está com problemas de saúde.

Além disso, mudanças na textura, pelagem quebradiça e sem brilho também podem ser sinais de alerta para que você o leve a um veterinário. Os principais motivos que levam à queda exagerada de pelos são:

Causas genéticas

Assim como em todos os organismos, o fator genético desempenha um papel importante no desenvolvimento das características do animal. Assim, algumas raças possuem uma maior predisposição à alopecia (perda de pelo), como o Dobermann, o Pinscher, o Chihuahua, o Dachshund e o Whippet.

Dermatite psicogênica (ou dermatite por lambedura)

Diretamente ligada a fatores emocionais, a depressão e o estresse afetam a saúde do animal, contribuindo para o desenvolvimento de comportamentos crônicos, como a lambedura desmedida. Nesse caso, o tratamento se dá por uso de ansiolíticos — que devem ser recomendados por um veterinário.

Alergias

Uma das causas mais comuns e importantes é desencadeada por fatores similares aos que geram alergias nas pessoas, como pólen, mudanças na alimentação, produtos de limpeza, medicamentos, picadas de pulgas e carrapatos, fungos, bactérias e ácaros (causadores das sarnas otodécia, demodécia e sarcótica).

Assim, os tratamentos variam de acordo com a alergia, e podem ir desde o corte da exposição ao fator causador até a aplicação de medicamentos específicos.

Alterações endócrinas — Síndrome de Cushing

Conhecido também como hiperadrenocorticismo, significa, literalmente, um excesso de cortisol sendo liberado pelas glândulas adrenais.

O cortisol é um hormônio que desempenha importantes funções no organismo dos animais, tais como:

  • regulação da pressão arterial;
  • equilíbrio de eletrólitos (sais minerais);
  • participação no sistema imune;
  • liberação de glicose (energia) para os músculos — principalmente no mecanismo “luta-ou-fuga” (em resposta a estresse ou excitação vivenciados pelo cão).

Quando a hipófise estimula excessivamente as adrenais sem causa aparente, ou quando há a formação de um tumor nessas mesmas glândulas, o cortisol é liberado em grandes volumes, causando a Síndrome de Cushing, enfermidade que acomete cães de meia-idade e idosos.

Quais são os principais sintomas?

Grosso modo, os sinais mais comumente observados são:

  • aumento na ingestão de água;
  • aumento na frequência urinária;
  • apetite extremo;
  • letargia (prostração);
  • aumento da respiração rápida;
  • adelgaçamento da pele (pele mais fina);
  • ganho de peso na área abdominal;
  • mudança na coloração da pele (de rosada à cinzenta ou ainda mais escura).

Quais são as raças de cães mais afetadas?

  • Terriers (Yorkshires, Silkies, Bull Terriers e Boston Terriers);
  • Dachshunds;
  • American Eskimo Dogs/Spitz;
  • e Poodles.

Como tratar?

Atualmente essa síndrome pode ser tratada cirurgicamente, por meio da remoção da hipófise ou das glândulas adrenais, ou ainda por administração medicamentosa.

É bom ressaltar, contudo, que ainda há os casos de queda de pelos sazonal e natural (na mudança de estações), observada em vários cães.

Durante essa troca natural de pelos, o animal não tem coceiras, nem feridas. E, ao mesmo tempo em que o pelo velho vai caindo, o novo nasce, o que evita as falhas na pelagem. Fora isso, quaisquer sinais incomuns nos pelos do seu cachorro devem ser verificados.

Então, como evitar a queda de pelo de cachorro?

Escove os pelos

Embora essa queda de pelo de cachorro seja comum, existem alguns cuidados que podemos ter para fazer com que ela diminua. Escovar os cachorros com mais frequência, por exemplo, a cada dois dias ou até diariamente, já fará com que a queda de pelo diminua bastante.

Para isso, é ideal que você utilize escovas apropriadas, que não machucam a pele nem arrancam os pelos saudáveis do seu cão. Elas farão com que os pelos já mortos caiam naquele mesmo momento, evitando que você os encontre em todos os cômodos de sua casa.

O ideal é que essa escovação aconteça em um momento prazeroso do dia, propiciando relaxamento e bem-estar ao seu cão — e a você.

Dê atenção ao cachorro

Por mais que alguns estranhem esta dica, ela é muito importante: passeie bastante com seu cão, brinque com ele, lhe dê atenção. Ao fazer isso, ao invés de deixá-lo sozinho em casa, você garantirá que ele se sinta mais alegre e relaxado, o que acaba diminuindo a queda dos pelos.

Não exagere nos banhos

Diminua a frequência dos banhos, dando intervalos de 7 a 15 dias entre um banho e outro. Banhos em excesso podem aumentar a queda de pelos.

Faça a tosa do cachorro 

Embora a tosa dos pelos não resolva por completo o problema da queda, ela pode ajudar a reduzir a quantidade de pelos na sua casa. Portanto, essa pode ser uma boa alternativa, mesmo que alguns tutores não gostem da tosa em função do resultado estético.

Ainda assim, vale ressaltar que nem todas as raças recebem essa indicação de serem tosadas. Para evitar dúvidas, consulte um veterinário dermatologista para definir a melhor opção para o seu cão.

Alimente-o bem

Outro fator muito importante para a boa saúde dos pelos do seu cachorro é a alimentação. Cães têm necessidades nutricionais específicas, diferentes das nossas, e, por isso, sua dieta deve ser controlada e direcionada para atender a essas carências.

Então, procure manter seu cão bem alimentado, com refeições balanceadas e rações de qualidade, que supram suas necessidades diárias de fibras, vitaminas e, principalmente, de proteínas de origem animal.

O que acontece com os pelos na primavera e no outono?

Há mesmo um fenômeno curioso com relação à queda de pelo de cachorro durante a primavera: nesse período, os tutores podem verificar que há um aumento na queda.

Como no Brasil as estações do ano não são tão demarcadas, os pelos caem durante o ano todo. No entanto, na primavera, esse aumento é comum e facilmente percebido em animais de pelo curto e dupla pelagem.

Isso ocorre porque, no outono, começam a nascer subpelos, que servem para os aquecer mais na chegada do inverno. Na primavera, esses pelos são substituídos por uma pelagem mais leve e curta, por conta do calor que se aproxima.

Trata-se apenas, portanto, de um processo comum e natural de queda de pelo de cachorro, herdado evolutivamente — você não precisa se preocupar.

Por fim, lembre-se: a pelagem do animal é o reflexo da sua saúde. Um cão com pelos bonitos, sedosos e brilhantes é um cão saudável e feliz!

E aí, gostou do post? Seu cachorro solta muitos pelos? Você já utiliza algumas das dicas que foram passadas, ou conhece mais alguma? Deixe-nos o seu comentário e compartilhe suas experiências com a gente!