Os cães braquicefálicos (ou seja, os que têm o “focinho achatado”) são uma verdadeira fofura. Além de bonitos, são amigáveis e ótimos pets de companhia.
No entanto, sua estrutura física também pode fazer com que eles tenham uma série de problemas de saúde. Por conta disso, neste post, falaremos sobre a síndrome braquicefálica.
Esse é um problema que acomete cães de raças como Buldogue inglês, Buldogue francês, Pug, Pequinês, Shih tzu, Boston terrier, Dogue de Bordeaux, Boxer e outros que tenham essa característica em seus focinhos.
O narizinho achatado não traz mudanças apenas externas, mas também altera a anatomia interna dos pets. Vale lembrar que não é uma síndrome que afeta apenas os cães, algumas raças de gatos como Persas e Birmaneses também podem apresentar este quadro.
Afinal, o que é essa síndrome? Como ela afeta nossos cães e, claro, como pode ser tratada? Confira, a seguir, as respostas para essas e várias outras perguntas e aprenda a cuidar melhor do seu grande amigo!
O que é a síndrome braquicefálica?
É um conjunto de alterações estruturais no animal que culminam com o mau funcionamento de determinadas áreas do corpo.
A maioria delas está relacionada com a respiração. Os cães braquicefálicos têm, por exemplo, um palato (céu da boca) mais longo, narinas mais estreitas e alterações em estruturas como a faringe e a traqueia.
Isso, somado à própria estrutura do crânio, faz com que a respiração desses animais não funcione como deveria.
Por que essa síndrome ocorre?
As causas dessa síndrome são anatômicas e elas ocorrem devido à manipulação genética das raças braquicefálicas.
Os pets que vemos hoje são completamente diferentes do que eles eram há algumas décadas, e a razão para isso é a seleção de animais com características que, infelizmente, acabam sendo prejudiciais.
Quais são os principais sintomas?
A seguir, veremos alguns dos sintomas mais comuns da síndrome braquicefálica:
• roncos;
• respiração barulhenta;
• tosse;
• engasgos frequentes;
• cansaço;
• rouquidão;
• dificuldade para latir;
• mucosas pálidas ou arroxeadas;
• resistência para brincar;
• desmaios.
Vale a pena ressaltar que alterações no padrão respiratório dos animais trazem prejuízos para a distribuição adequada de oxigênio nos tecidos e para a dissipação de calor pelo corpo.
Tudo isso gera um estresse muito forte nos órgãos, que pode lesioná-los com o passar do tempo, além de exigir um cuidado extra nos períodos de calor.
Como é feito o diagnóstico?
O diagnóstico para esse problema é, muitas vezes, feito já no exame físico. Ao analisar o pet e contar com a ajuda do tutor para relatar os sintomas, o médico veterinário é capaz de determinar a causa do problema.
No entanto, testes complementares são de extrema importância para fechar o diagnóstico e conduzir melhor o tratamento daquele animal. Entre eles, estão os exames de imagem, como raio X e tomografia computadorizada.
Quais são os tratamentos para esse problema?
O tratamento para a síndrome braquicefálica dependerá da gravidade dos sintomas. Ele pode ser clínico e de manutenção, porém, na maioria das vezes, envolve procedimentos cirúrgicos.
As cirurgias mais comumente feitas requerem a remoção do excesso de tecido no palato do animal ou a abertura das narinas, possibilitando uma maior entrada de ar.
No entanto, existem outros procedimentos que podem ser feitos para melhorar a qualidade de vida do animal de acordo com seus sintomas e alterações anatômicas, por isso é necessário que seja feita uma avaliação por um médico veterinário especializado.
Gostou de saber mais sobre a síndrome braquicefálica e como ela afeta a vida de nossos pets? Agora, é hora de cuidar melhor do seu melhor amigo!
Leve-o para uma consulta em uma boa clínica veterinária e veja se algum tipo de tratamento é necessário para melhorar a qualidade de vida dele e deixá-lo bem mais feliz.
E que tal aproveitar que está por aqui e saber ainda mais sobre os problemas que afetam os cães braquicefálicos? Confira, então, as doenças respiratórias que podem estar associadas aos cachorros com essa condição!
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